Há viagens que se fazem por lugares quentes, longos e claros, como uma lareira no Inverno, quando não é inverno.
Escuto os passos a ranger e os dedos dos pés descalços procuram apoio firme e solene nas raízes.
Olho em volta. Poiso a mão na paisagem como fazem certos pardais inquietos.
Parto de novo, em frente, saltando ao pé coxinho como quando as fitas saltavam nos cabelos e vencia aeroplanos de giz.
Há poucas distâncias a percorrer, afinal.
Reencontramo-nos sempre com as nossas próprias pegadas, ainda frescas, e surpreeendidas por nos verem de novo.