Muito alto para subir... Firmo-me nas raízes tenras e deito os olhos lá para cima. Que bem me ficavam as folhas lá no alto, onde dá o vento ao fim da tarde! Levanto os ramos, à espera do sol. Não pode demorar, que eu já fiz a minha parte.
Um dedo aqui, outro ali. Já se respira melhor. Estica-se o olhar ao longe. Parece mais fácil chegar. Pé ante pé, lanço as pernas pelo mapa dos muros. Apetece tirar as raízes da terra e atirá-las para cima.
Talvez consiga voar... Ou talvez passe um corvo feio e me leve para fazer o ninho! É melhor ficar agarrada ao chão. Ah, lá está! O meu lugarzinho ao sol!