Lágrimas caem, coração sobe,
Pedro tarda, olhos demoram.
Além das fontes, penedos dormem,
saudade canta horas maiores.
Dores esvoaçam sobre os cabelos
de tranças loiras, desmaiadas.
- Mãe, porque choras?
- Pedro tarda, o coração dói.
- Mãe, porque sonhas?
- As fontes cantam, as horas morrem.
- Mãe, tu não morres.
- Da água bebo, a água me mata.
Pedro lá vem, oiço o galope.
Que traz na mão ensanguentada?
- Senhora minha, lágrimas não.
Tu és rainha e eu sou teu.
Aqui te trago um coração.
Guarda-o no peito, que ainda sangra.
Roubei-o além na estrada escura
Que daqui não vês.
Bebe da água, para sempre pura,
para sempre minha, para sempre Inês.
Pedro tarda, olhos demoram.
Além das fontes, penedos dormem,
saudade canta horas maiores.
Dores esvoaçam sobre os cabelos
de tranças loiras, desmaiadas.
- Mãe, porque choras?
- Pedro tarda, o coração dói.
- Mãe, porque sonhas?
- As fontes cantam, as horas morrem.
- Mãe, tu não morres.
- Da água bebo, a água me mata.
Pedro lá vem, oiço o galope.
Que traz na mão ensanguentada?
- Senhora minha, lágrimas não.
Tu és rainha e eu sou teu.
Aqui te trago um coração.
Guarda-o no peito, que ainda sangra.
Roubei-o além na estrada escura
Que daqui não vês.
Bebe da água, para sempre pura,
para sempre minha, para sempre Inês.