quinta-feira, 20 de março de 2008

Passagens

Está na hora. Passaram as luas necessárias.



Chegaram as coisas efémeras
mas de eterna beleza no instante em que as olhamos.


Já espreitam os frutos da intensa inevitabilidade.

Soa-nos o vento a desvanecer o verde pino
que um rei cantou (Ai, frores...).


Pomos os óculos escuros
porque as cores são intensas e brilhantes.



Mandamos caiar de novo os muros.
Ou plantar de novo as paredes?


Sentamo-nos e estendemos a mão,
os cálices estão postos e oferecidos.



Se olharmos para trás, vemo-la.


Juntamo-nos ao cortejo. É ela. A Primavera.