domingo, 3 de junho de 2007

Homo Viator



Todas as viagens partem de um ponto na escuridão,
quando se debruçam sobre um cais anoitecido.
As águas congeladas escondem quilhas dos barcos
que rasgam a lama de rumos abandonados.
São ficções, os viajantes.
Contam histórias
com os olhos postos na réplica do sol
que se alcança ao longe, em breve madrugada.
Dormem sobre as brisas.
Erguem-se cedo.
Lavam as mãos na maré bebida em concha.
Partem.