domingo, 18 de novembro de 2007

O POLVO

Tenho viajado pelos mares de muitos continentes.
Neles tenho encontrado toda a espécie de criaturas.
A mais detestável é o tubarão. Nada silenciosamente pelas águas quentes, procurando passar despercebido, abocanha o que encontra pelo caminho numa luta fácil de tamanhos desproporcionados. Falta-lhe graciosidade e humor, acha que não precisa de inteligência porque conquista pelo peso e pela lei da vida e da morte.
Criatura muito diferente é o polvo.
BAILARINO. Move-se com graça e elegância em qualquer mar.



PERFORMER. Interpreta vários estilos e sensibilidades.



DECORATIVO. Combina bem com vários tons de pele.

FLEXÍVEL. Adapta-se às circunstâncias mais variadas.

INTENSO. Estrutura-se sobre si mesmo.



POÉTICO. Aprecia um belo noctuno de Chopin.





SUBTIL. Não fere o olhar.




INTELIGENTE. Estuda os hábitos dos outros habitantes dos mares e aprende com eles.

SÁBIO. Encosta-se a uma rocha e - imóvel - deixa passar os inimigos.




Porém, há certos inimigos que até o calmo e paciente polvo abomina. Quando os encontra, enfrenta-os e - para muitos inesperadamente - combate-os e vence-os. O tubarão que o diga:
(como diria o Capitão, se eu fosse a vocês clicava)